A qualificação dos recursos humanos em termos de educação formal é considerada como um indicador do stock do capital humano das economias, ou seja, das “skills” existentes na população. Nas economias desenvolvidas o ensino secundário é considerado como requisito mínimo de entrada no mercado do emprego. Este nível de qualificação é considerado fundamental para o acesso a processos de aprendizagem ao longo da vida e de acções de formação profissional. O ensino secundário tem vindo a tornar‐se a regra como grau de escolaridade mínima, sobretudo entre as faixas etárias mais jovens.
Portugal tem estruturalmente uma situação muito vulnerável em matéria de qualificações dos seus recursos humanos. Em 2009, apenas 30% da população com idades compreendidas entre os 25 e os 64 anos tinham pelo menos o ensino secundário. A Espanha (52%) e Itália (54%) são os países com valores mais próximos. Nos grupos etários mais jovens, a situação é menos negativa. Cerca de 48% da população do grupo etário 25‐34 anos completou pelo menos o ensino secundário (64% em Espanha; 70% em Itália).
Em Portugal, em 2010, apenas 58.7% dos jovens com idades entre os 20 e 24 anos tinham pelo menos o ensino secundário. Este valor, embora represente uma evolução positiva nos últimos anos (39.3% em 1998; 49.0% em 2005), é o mais baixo entre o conjunto dos países em análise. De salientar que 10 destes países registam valores superiores a 80 %.
Fonte - Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria